Você sabia que:
- 11 toneladas de baterias são depositadas por ano em lixões;
- suas substâncias tóxicas chegam à cadeia alimentar humana e :
- são prejudicial ao cérebro e ao sistema nervoso em geral;
- acarretam mutação genética;
- são agentes cancerígenos;
- causam efeitos corrosivos violentos na pele e nas membranas da mucosa;
- causam Intoxicação crônica;
- Saiba como evitar isso!
De início, conhecíamos apenas a utilidade dos aparelhos, mas com o tempo começamos a nos perguntar: "O que fazer com as pilhas e baterias velhas que não servem mais para recarga e nem fazem os aparelhos continuarem funcionando? Que p roblemas esses elementos causam à natureza e à vida quando perdem seu tempo de uso? O que pode ser feito para que essa situação seja revertida e o que cabe a cada um de nós contribuir nesta mudança?".
OS DADOS SÃO ALARMANTES
O Ministério do Meio Ambiente calcula que em São Paulo são anualmente descartadas no meio ambiente 152 milhões de pilhas comuns e 40 milhões de pilhas alcalinas, segundo dados da Cetesb (a empresa paulista de saneamento ambiental), e cerca de 12 milhões de baterias de celular. A soma é superior a 200 milhões de uni dades a cada ano! No Rio de Janeiro a estimativa anual totaliza 90 milhões de unidades, totalizando cerca de 11 toneladas de baterias depositadas por ano em lixões - o ideal seria o armazenamento especial desses resíduos.
ONDE ESTÁ O PERIGO?
Ocorre quando se joga uma pilha ou bateria, no lixo comum, pois há o risco desses metais pesados e elementos químicos perigosos entrarem na cadeia alimentar humana, causando sérios danos à saúde. Essas substâncias tóxicas chegam à cadeia alimentar humana via irrigação da agricultura ou pela ingestão da água ou alimento contaminado e se acumulam no organismo das pessoas produzindo vários tipos de contaminação.
Quer ter uma noção melhor do que cada material que é composto as pilhas e baterias causam?
Chumbo:
- prejudicial ao cérebro e ao sistema nervoso em geral.
- o sangue, rins, sistema digestivo e reprodutor.
- eleva a pressão arterial.
- agente teratogênico (que acarreta mutação genética)
Cádmio:
- é comprovadamente um agente cancerígeno, teratogênico e pode causar danos ao sistema reprodutivo.
Mercúrio:
-Intoxicação aguda: efeitos corrosivos violentos na pele e nas membranas da mucosa, náuseas violentas, vômito, dor abdomina l, diarréia com sangue, danos aos rins e morte em um período aproximado de 10 dias.
Intoxicação crônica: sintomas neurológicos, tremores, vertigens, irritabilidade e depressão, associados a salivação, estomatite e diarréia.; descoordenação motora progressiva, perda de visão e audição e deterioração mental decorrente de uma neuroencefalopatia tóxica, na qual as células nervosas do cérebro e do córtex cerebelar são seletivamente envolvidas.
Zinco 4:
- sensações como paladar adocicado e secura na garganta, tosse, fraqueza, dor generalizada, arrepios, febre, náusea, vômito.
- Em alguns países de primeiro mundo já existem coletas especiais para resíduos perigosos.
- Cada pessoa deve assumir o seu papel de destinar o lixo químico ao local correto.
- Importante! Várias instituições estão colocando pontos de coleta por todo o Brasil, como é o caso de alguns bancos, então fique de olho!
- A situação pode ser revertida e o prejuízo ecológico reduzido.
- Deve-se observar as informações fornecidas nas embalagens e usá-las realmente, porque o importante mesmo é que o máximo seja feito para que o destino dess es elementos seja favorável à saúde das pessoas, dos animais, da natureza, enfim, do planeta.
- E melhor! Procure usar pilhas recarregaveis.
Uma campanha de conscientização da problemática seria de grande importância. A divulgação sobre o assunto ainda não atingiu nem uma pequena parte da população.
Então faça também sua parte e divulgue!
Faça como a leitora que inspirou esse post, "vim procurar mais informações porque eu vou ajudar numa campanha do parque natural da minha cidade pra informar as pessoas sobre isso"
Enquanto ações como essas não forem tomadas, isso prejudica cada vez mais o bem estar e compromete a saúde das pessoas, que no futuro sofrerão mais com esse descuido.
COMO FUNCIONA O PROCESSO DE RECICLAGEM:
Nas pilhas comuns é possível reaproveitar a folha de flandres e o zinco, e das pilhas alcalinas pode-se recuperar potássio, sais de zinco e dióxido de manganês. Primeiramente, as pilhas passam por uma cuba de alto-forno, onde os componentes orgânicos são decompostos e a maior parte do mercúrio evapora. Os gases são, então, queimados num incinerador a 1000/1200 °C. As partículas sólidas de óxido de zinco, óxido de ferro e carbono são retiradas por lavagem do gás quente, que é então refrigerado e o mercúrio condensado. O mercúrio também é destilado da água da lavagem. Os resíduos das pilhas queimadas são então despejados no forno de indução, onde os óxidos de zinco, ferro e manganês são fundidos a temperaturas entre1450/1500 graus centígrados e reduzidos as suas formas metálicas. Acrescenta-se carbono ao já presente em alguns eletrodos de pilhas, para atuar como agente redutor. O vapor metálico é recolhido para um condensador de zinco e os metais restantes principalmente ferro, manganês além de uma escória inerte com aparência de vidro, são continuamente drenados.